Quem nunca leu ou já ouviu falar de um livro chamado
"Memórias Póstumas de Brás Cubas" Do genial Machado de Assis,autor também de um dos meus livros preferidos "Dom Casmurro"
Acredito que muitos já devem ter lido,senão leu,vale a pena.
Então..o livro fala exatamente disso,"Memorias Postumas" onde um morto resolve contar sua vida.
O que seria o correto a fazer,contar aqui minhas histórias,ou deixar tudo registrado,mas guardadinho,escondidinho e deixar que alguém as divulgasse quando eu morrer?
Se eu contasse minhas histórias...rs
Dia desses,ouvi de uma amiga assim: "Faz do seu blog um diário!"
Se esse blog fosse um diário eu teria um milhão,novecentas e setenta e oito mil coisas para contar.
Mas como a internet é pública,e o mundo é repleto de gente boa,mas também de gente ruim,invejosa e maldosa,guardo comigo as decisões que tenho tomado.Tanto as boas como as ruins também!
Mas se eu sentir que devo compartilhar algumas coisas,pensamentos com vocês,prometo que venho aqui.
Não quero que esse blog seja uma coisa do tipo"Querido Diario,hoje eu...."
Mas sim,quero que aqui seja um canal de pensamentos em que eu digo o que penso,e vocês,ou a quem interssar,diz se concorda ou não com as coisas que escrevo.E se eu puder ajudar,ou até mesmo divertir alguém,melhor ainda!
Bom,mas por que comecei a escrever isso?
Porque outro dia tive vontade de escrever sobre uma frustração minha em uma história, mas me senti tão exposta que deletei o início de texto. Ninguém tem nada a ver com a sua vida,Fabiana. Pensei.
Talvez o texto fosse para uma pessoa específica que imagino talvez ainda passe por aqui de vez em quando. Ainda sinto vontade de compartilhar a indefinição do sentimento e a incógnita, mas não,talvez não com o mundo e mais um pouco. Essa é uma coisa minha, mas gostaria que também fosse dele.Sei lá por quê!
Comecei a me lembrar da minissérie Maysa.Vi alguns capitulos e parei.Impressionante a quantidade de conhecidos e amigos,que na época vieram me dizer "ela me lembra muito você".
A catarse que a minissérie me proporcionou em muitos momentos foi intensa.Tanta que parei de assistir. Reflexões embaladas ao gosto de:
-Ela fez o que sempre quis,
-Do jeito que sempre quis
-Mandou Deus e todo mundo pro inferno
-E morreu infeliz e sozinha.
-Sempre senhora da razão... mas será que foi feliz?
O casamento abandonado pela vontade de me afirmar só por mim mesma, as muitas histórias de amor dilaceradas pelo ego gigantesco, o gênio forte. A transgressão. A tempestade ou é do meu jeito ou não é. A força intensa e incandescente que mascara a menina romântica que, mesmo em literaturas, anseia pelo príncipe encantado. Mas escapa como areia do príncipe encantado. Em fugas. E morre infeliz e sozinha.
(O fato é que se eu tivesse que reescrever muitas das decisões que eu tomei, muitos dos caminhos que eu escolhi, eu faria tudo do mesmo jeito e de novo. E da mesma forma sempre intensa)
Porque se expor como eu me exporia se eu redigisse aquele texto seria uma coisa sem resultados ou justificativas já que a história morreu antes mesmo que tivesse nascido.
Mas a iminência da partida fez com que as minhas interrogações ganhassem uma força que não tinham.
E a vontade do beijo que nunca aconteceu me invadiu e moveu...confusamente...mas de forma resoluta...
A minha necessidade absurda de controle, manda as vulnerabilidades todas para Marte ou Júpiter ou para qualquer lugar que seja...
E a moça segue cada vez mais dona de si,e cada vez mais sozinha. E as perguntas prosseguem difusas, abandonadas em sua desnecessidade de esclarecimentos. E os ombros desdenham.Como sempre fizeram. Desdenham.... como sempre fizeram.Sozinhos.(estarei eu falando de Maysa,ou de mim mesma?)Melhor parar vai!!!
Não tenha eu na minha biografia de futuro uma lacuna como esta!
Para quem não gosta de ler,fica a sugestão do filme: Memórias Póstumas de Brás Cubas
Eu particularmente prefiro o livro,mas fica à critério de cada um!
Beijo
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